Informação anti-bullying para pais
É bullying?
É se indivíduos ou grupos estão:
- apelidando seu filho
- ameaçando a ele ou ela
- pressionando seu filho a dar para alguém dinheiro ou coisas
- batendo no seu filho
- danificando as coisas do seu filho
- espalhando boatos sobre seu filho ou sua família
- usando texto, email ou internet para escrever ou dizer coisas que machuquem seu filho (cyberbullying)
Também é bullying se seu filho se sente magoado por coisas que disseram sobre sua etnia, fé religiosa, gênero, sexualidade, deficiência, necessidade de educação especial, aparência ou questões específicas de sua família.
O que você deve fazer se seu filho estiver sofrendo bullying?
Fale com a direção da escola sobre o bullying. Por favor, informe a escola sobre quaisquer incidentes envolvendo crianças que sejam importantes ao invés de abordar as crianças você mesmo. Na Stanley Primary School, o primeiro ponto de contato para reportar preocupações acerca de bullying é a professora do seu filho (pessoalmente na escola ou por email e telefone).
É importante ter em mente que a professora pode não ter ideia de que seu filho está sofrendo bullying ou pode ter ouvido histórias conflitantes sobre um incidente:
- Você deve ser o mais específico possível sobre o que seu filho disse que aconteceu: nomear datas, lugares e nomes de outras crianças envolvidas.
- Anote a ação que a escola disse que iria tomar.
- Perguntar se há qualquer coisa que você possa fazer para ajudar seu filho.
- Continuar em contato com a escola para fazê-los saber se as coisas melhoraram e, também, se os problemas permanecem.
O que a Stanley Primary School vai fazer?
- A Stanley Primary School não tolera o bullying. Isso é o que fazemos com respeito ao bullying:
- Trabalhar para ter certeza de que a pessoa que sofre bullying está segura;
- Trabalhar para evitar que o bullying aconteça de novo;
- Providenciar apoio para a pessoa que sofreu bullying;
- Tomar ações para garantir que a pessoa que praticou o bullying aprenda a não machucar os outros.
As famílias que sentirem que suas preocupações não estão sendo respondidas adequadamente pela escola devem considerar os passos a seguir:
- Checar a política anti-bullying da escola para ver se os procedimentos determinados estão sendo seguidos;
- Discutir o assunto com a coordenadora pedagógica; registrar a reunião;
- Se isso não ajudar, escrever para o Conselho de Educação explicando suas preocupações e o que você gostaria que fosse feito a respeito.
Bullying e crianças autistas
Crianças com autismo têm mais risco de sofrerem bullying. Um estudo com 400 crianças com Síndrome de Asperger mostrou que elas têm, no mínimo, 4 vezes mais chances de sofrer bullying que seus colegas típicos (Attwood, 2005).
Isso acontece, principalmente, porque as diferentes formas que as crianças com autismo usam para comunicar-se e interagir podem se tornar mais óbvias para seus colegas, especialmente quando elas ficam mais velhas. Já que crianças com autismo têm dificuldades para ler expressões faciais e linguagem corporal, elas não conseguem distinguir se uma pessoa está sendo amigável ou se está tentando prejudicá-la. Elas também têm dificuldades de se colocar no lugar dos outros e, por isso, não entendem as intenções das outras crianças.
Cumine, Leach e Stevenson (1998) declaram que a criança com autismo pode parecer ingênua e confiante, incapaz de diferenciar uma aproximação amigável daquela com a intenção de simplesmente provocá-la.
Gray (2000) descreve como, em uma de suas turmas, uma criança com autismo recebeu a oferta de 50 centavos em troca de um dólar (o dobro do dinheiro). A criança autista pensou que o colega queria fazer amizade. Algumas crianças autistas tentarão entrar no grupinho de colegas fazendo coisas que são sugeridas por bullies. Isso podem ser, frequentemente, coisas que podem magoar a criança ou deixá-la em situação difícil com a direção da escola.
O comportamento no playground
As crianças autistas são alvos fáceis no playground já que elas, frequentemente, preferem brincar sozinhas. Por causa disso, outras crianças acham fácil implicar com elas, já que elas não têm uma estrutura de suporte ao redor. Outras crianças podem, também, provocar crianças autistas se as veem fazendo coisas “estranhas” como balançar as mãos ou fazer comentários inapropriados.
Praticando o bullying
Crianças com autismo podem, também, praticar bullying. Algumas crianças podem se tornar agressivas quando uma brincadeira não está sendo feita do jeito que elas querem e vão tentar tomar o controle da situação. Elas também podem ficar frustradas por serem deixadas de fora no playground e por tentarem, sem sucesso, fazer amizade com outras crianças (Gray, 2000).
Como saber se seu filho está sofrendo bullying
A dificuldade para você, como pai, é que nem sempre é fácil notar que seu filho está sofrendo bullying. Por causa dos problemas para entenderem as intenções dos outros, crianças autistas podem nem perceber que estão sofrendo bullying (Attwood, 2005). Os problemas de comunicação também podem fazer com quem seja mais difícil, para elas, relatarem a você ou à equipe escolar um incidente. Por causa disso, você vai ter que procurar outras pistas de que sua criança está sofrendo ou não bullying.
Sinais potenciais de que uma criança está sofrendo bullying:
- chegar em casa com roupas, mochilas ou livros sujos, danificados ou faltando, com arranhões ou hematomas, sem algum dinheiro que deveriam ter ou pedindo dinheiro no dia seguinte;
- chegar na escola ou em casa mais tarde porque mudaram seu caminho habitual;
- Falta de vontade de ir à escola ou desculpas para não ir;
- estar depressivo, estressado, infeliz;
- apresentar queda na concentração ou queda de padrão no rendimento declarado pela escola (ChildLine 1994)
Uma criança autista pode, também, apresentar mudanças súbitas no comportamento, que podem ser devido a bullying na escola. Isso pode incluir aumento na ansiedade, aumento na dificuldade para dormir ou crises em casa (Attwood, 2005). Algumas crianças autistas podem se apropriar e repetir os atos dos bullies em casa com seus irmãos porque não compreendem que esse comportamento é inaceitável (Attwood, 2005). Para elas, estão apenas reproduzindo o que seus colegas fazem.
The National Autistic Society, Stanley Primary School, Richmond, London – UK
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