quinta-feira, 26 de abril de 2012

A concentração


 SOBRE A CONCENTRAÇÃO
A atenção é uma forma de interacção com o mundo... interno e externo da pessoa (corpo e ambiente).

Já a concentração é a manutenção das condições da atenção por algum tempo mais ou menos longo, segundo o exija a situação.

A concentração exige esforço neurofisiológico, consciente e orientado para algo específico.

A atenção pode ser voluntária e selectiva (exemplo: quando estudamos algo). A atenção também pode ser automática após treino apropriado. (exemplo: quando realizamos algo que aprendemos após treino intenso, como andar de bicicleta ou
executar outras actividades que já não exigem esforço consciente. A memória processual actua nestas situações).

A passagem da atenção voluntária e esforçada para a atenção automática faz-se através do treino e da repetição.

Numa primeira fase estamos concentrados selectivamente na tarefa; depois, certas áreas do cérebro vão registando o processo e gradualmente diminuimos a necessidade de esforço; segue-se a aprendizagem e o controlo realizado pela memória processual (automática).

Importante neste processo é a CAPACIDADE ATENCIONAL.
A nossa atenção tem limites. Não podemos centrar-nos
em muitos alvos ao mesmo tempo. Excesso de estímulos e distrações desviam a atenção.

Falta de motivação, ansiedade, stress e estados depressivos dificultam também o exercício pleno da atenção e da aprendizagem.

Um outro elemento deve ser considerado: A ACTIVAÇÃO ou ALERTA ATENCIONAL.

Considera-se que a atenção atinge o seu nível ótimo quando a activação (ou estimulação) está também no seu nível óptimo (um nível baixo de activação estreita o campo da atenção).

Chama-se PONTO DE CONCENTRAÇÃO o nível óptimo de atenção atingido com menor esforço e maior rendimento.

Os "lobos frontais" do denominado "cérebro executivo" (ver foto) são responsáveis pela gerência da ATENÇÃO e suas qualidades.

Nelson S Lima



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