A
letra deficiente é o aspecto que mais se destaca na escrita disgráfica,
por isso é um aspecto muito importante a ser considerado na reeducação.
O trabalho deve ser desenvolvido de acordo com uma progressão que vá
do quadro para o papel.
a) Quadro
- Desenhar o modelo de cada letra olhando para o que está no quadro;
- Apagar a letra e reproduzi-la correctamente no quadro;
- Repassar as letras;
-
Num espelho desenhar as letras com um marcador e depois repassá-las
sucessivas vezes (desta forma evita-se a tendência da inversão de
letras).
b) Sala de Psicomotricidade
-
Reproduzir as letras no ar: primeiro desenha o terapeuta; depois a
criança realiza o exercício e quando conhece as letras adequadamente
reproduz-as no ar com os olhos fechados para as interiorizar.
- No solo desenham-se as letras e a criança caminha sobre elas. Posteriormente a criança realiza a mesma actividade sem que a letra esteja desenhada.
c) Exercícios Sensoriais
- Recortar em papel de lixa as letras e repassá-las várias vezes com os dedos. O mesmo com os olhos fechados.
-Com uma caixa de areia desenhar as letras com o dedo sobre a superfície. O mesmo com os olhos fechados.
-Reproduzir as letras com plasticina.
- O terapeuta desenha com o dedo diferentes letras na mão ou nas costas do aluno e este tem de dizer quais são.
d) No papel
- Repassar letras em tamanho grande.
-Repassar letras em tamanho pequeno.
- Copiar um modelo de cada letra.
- Desenhar as letras de memória.
-Perfurar uma letra de grande tamanho ao mesmo tempo que verbaliza o nome da letra.
Nota: A Reeducação da Letra é uma componente do método antidisgráfico de Pérez (2005) descrito no livro "La disgrafia. Concepto, diagnostico y tratamiento de los transtornos de escritura".
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