terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dicas úteis: A MEMÓRIA AO LONGO DA VIDA


A sua memória é decisiva (e insubstituível) na sua vida, desde mesmo antes de nascer. Ela contém todas as aprendizagens que ajudam a desenvolver a sua mente e a permitir a si pensar, aprender, recordar, saber, orientar-se no tempo e no espaço, ser inteligente e muitas outras habilidades e faculdades.

Nascemos com uma memória biológica e vamos depois desenvolvendo outras, três das quais são cruciais: a memória de trabalho (que lhe permite fixar o que acontece e o que faz em cada momento, dando-lhe uma sensação de continuidade no tempo e no espaço); a memória episódica (que regista eventos da sua vida e fazem a sua memória autobiográfica ou existencial) e, finalmente, a memória semântica que guarda os seus conhecimentos académicos, profissionais e outros que ajudam a valorizá-lo.

Da importância da memória ninguém tem dúvidas. Mas se dúvidas houvesse bastaria citar os muitos exemplos de casos em que, por razões diversas, alguém perde parte da sua memória. Um caso extremo é o da doença da Alzheimer, que aparece depois da meia-idade (50/60 anos de idade), em que a degradação da memória vai até ao ponto em que se perde o conhecimento dos familiares, mesmo os mais próximos, e, depois, o conhecimento de si mesmo.

Com o envelhecimento do cérebro, a memória tende a perder-se. Quer na aquisição de novas memórias, quer na recordação das já "guardadas". A memória episódica (recordação de eventos da vida passada) declina com a idade, verificando-se também uma perda de vitalidade da memória de trabalho (aquela que usamos a todo o momento para realizarmos as nossas tarefas diárias).

Dado que o hipocampo (uma área do cérebro que participa na formação e preservação das memórias de longo prazo) é muito sensível ao envelhecimento, são aquelas memórias as primeiras a serem afectadas. Já a memória semântica (a dos conhecimentos apreendidos ao longo da vida) resiste melhor tal como a memória processual (relacionada com aprendizagens automatizadas pela experiência como "andar de bicicleta").

COMO PODEMOS PRESERVAR A MEMÓRIA?
Não se conhecem milagres nesta matéria mas devemos reconhecer que há uma variedade de intervenções que ajudam a manter a memória afastada dos assaltos do envelhecimento. Um estilo de vida saudável e ativo é o primeiro grande conselho. O cérebro é um órgão que também sofre os muitos danos que uma vida atribulada e/ou desequilibrada pode causar no corpo. O stress desgasta-o. O sono não dormido lentifica-o. A má alimentação retira-lhe nutrientes vitais. O álcool, o tabaco e as drogas envelhecem-no prematuramente.

Por outro lado, por que é que as pessoas com mais educação (ou mais cultas) têm melhor memória? Pois é. A resposta serve de dica: usar o cérebro ativamente, exercitando-o com leituras, informar-se, estar a par do que acontece no mundo, aprender coisas novas, dedicar-se a resolver enigmas (há muitos jogos à venda) são dicas fantásticas. Pode também fazer exercícios mentais (desde que não sejam sempre os mesmos) que "musculam" a memória.

Finalmente, exercite a concentração. Evite o pensamento acelerado. Uma boa capacidade de atenção favorece a memorização. Muitas pessoas que se queixam de ter dificuldade em memorizar assuntos novos simplesmente andam cansadas e distraídas.

Muitas memórias ficam guardadas no inconsciente. Deriva de um fenómeno descrito por Cury (1998) como RAM (registo automático da memória). Elas ficam no chamado "cérebro oculto" e influenciam muitas das nossas decisões. Assim, sugiro que faça uma boa administração da sua memória. Será suficiente para ter uma boa memória por muitos e muitos anos!

Mais dicas, peça a:
neurobica.porto@institutodaonteligencia.net ou
neurobica.porto@gmail.com

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